quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Alface Menina olhou o jardim maravilhada, mas de repente sentiu muito medo ,como se algo a paralisasse. O rapaz a olhou e como se adivinhasse o que estava se passando com ela, sorriu pegou na sua mão e lhe disse para não ter medo. 
Ela se sentiu melhor mas ainda estava com muito medo. Por que afinal de contas que loucura toda era aquela ?
Por que tinha acontecido tudo aquilo.Por que tinha que ser tao diferente....?

terça-feira, 29 de maio de 2012

quero aprender

"Quero aprender. Quero ser excelente naquilo que me diz respeito. Quero dar algo especial ao mundo. Quero crer que há um motivo que dá sentido ao viver, um princípio que me ajude a atravessar os maus momentos e também os bons. Quero crer que vamos nos encontrar e nos amar e que nunca voltaremos a nos sentir solitários" Richard Bach em "Um" 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

sempre um caminho

"Voltei a ser uma alface vegetativa de novo... Mas não me sinto como uma alface normal, já senti o gosto da liberdade, do vento em meu rosto!Eu tenho um rosto, eu posso andar, por que será que voltei a ser uma alface de novo?não consigo entender.  Foi aí que me colocaram numa coisa estranha de vidro.Me senti sufocada lá dentro.Quando se sente a liberdade, e a tiram de você, é como se o seu eu sumisse,como sua existência não passasse de um erro, ou sei lá o que. De repente ele veio. Um rapaz com seus cabelos esvoaçando ao vento.Parecendo entender a melodia da vida. E me olhou, parecendo entender o que eu estava passando, Ele tocou no vidro e uma coisa estranha aconteceu Comecei a me sentir estranha,passar mal.Voltei a ser  Alface Menina..."

domingo, 27 de maio de 2012

Sempre um caminho

A menina alface corria... a brisa daquela noite batia delicadamente contra seu corpo. Ao seu lado outra pessoa corria: um menino, que tinha tirado a menina de sua forma alface. Pararam exaustos diante uma porta de madeira com lindos detalhes dourados. O menino olhou ao redor para ver se não tinham sido vistos, sorriu para ela e abriu a porta chamando-a para entrar com ele. Os olhos da menina alface brilharam ao ver o que aquela porta escondia, um jardim se estendia até onde seus olhos não pudiam mais ver, flores, árvores, arbustos, a grama molhada sob seus pés. O menino estava alguns passos a sua frente, sempre chamando-a para seguir com ele. 

by Fernanda Kan

domingo, 20 de maio de 2012

O que nos cativa...

Site da Imagem:Papo de vira lata
O que nos cativa também nos guia e protege. Apaixonadamente obcecados por algo que amamos, uma avalanche de magia nos aplaina o caminho, dá o prumo,argumenta,discorda,carrega-nos consigo sobre os abismos , os medos, as dúvidas.

Richard Bach de "A ponte para o Sempre"

terça-feira, 15 de maio de 2012

numa redoma de vidro...

Giganás estava sentado em seu trono. A alface, não mais menina, estava guardada em uma redoma de vidro, livre de qq mau. Os pequenos, como haviam sido instruidos, foram ao jardim conhecer as maravilhas daquele reino. 
Imagem: Simples Palavras
Com o cair da noite, os três pequenos voltaram para o palácio, encantados com o que haviam visto, e sentaram à mesa com Giganás e sua corte para uma refeição. Foi, então, que se ouviu um estrondo vindo do quarto de onde a redoma da alface havia sido guardada. Todos se levantaram para ver, os pequenos correram na frente. Quando abriram a porta viram pedaços de vidro espalhados pelo quarto. Procuraram a alface preocupados, mas não havia nenhum sinal dela. Giganás, sempre sereno, os chamou até a janela e de lá eles viram dois vultos correndo em direção ao jardim. Um deles, mesmo que distante, pareceu ser a menina alface, mas nenhum dos três tinha certeza disso. Quiseram ir atrás deles, mas Giganás orientou que aguardassem. Se ela corresse algum mal, ele saberia.

 Fernanda Kan

sábado, 5 de maio de 2012

Mãe Terra

Imagem: Roda do Amor
Comecei a correr desesperadamente até que o ar me faltasse,tropecei e fiquei lá estrupiada e me sentindo menor q a menor folhinha existente.
Um forte vento começou a soprar e um trovão me aterrorizou, a chuva me encharcou, e desejei q a dor que eu sentia se fosse junto com a água que caía, q transbordasse,eclodisse...

Eu estava tremendo.Eu estava com frio.Eu estava com medo.Eu estava com raiva.Eu estava suja.Eu estava sozinha.

imagem
Tão repentinamente como começou a chuva cedeu lugar a tímidos raios de sol . A Alface Menina se surpreendeu ao se sentir aquecida e como o sol parecia banha-la de propósito.
Espirrou e ao erguer o rosto se assustou com um passarinho q sobrevoava a poucos centímetros dela. Um pequenino coelho saltou no colo dela e como que hipnotizada a alface menina não conseguiu desvencilhar
daqueles profundos olhos e, como se estivesse em transe pegou um punhado de terra com as mãos e sentiu se confortada.Uma sensação de familiaridade tomou conta dela.
Uma voz meiga,profunda e forte sussurrou em seus ouvidos:
"como podes ter esquecido''
E então a menina Alface se sobressaltou, sim como pode se esquecer.
Ela era filha da Terra. Mãe Terra.



quinta-feira, 3 de maio de 2012

mãe

Vamos voltar um pouco no tempo e contar aqui uma das muitas andanças vividas pela menina alface.


... um aperto no meu coração começou a me incomodar, uma saudade imensa de alguém que sempre cuidou de mim,que me acolheu e que sempre esteve do meu lado. Entrei em uma loja onde havia um monte de estante e vários livros, folheei um ao acaso e me deparei com a seguinte mensagem:

[O Anjo Mãe
    Autor: Raimundo Baia da Silva
Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus: -
Soube, Senhor, que estarei breve sendo enviado à Terra. Como eu vou viver lá, sendo assim pequeno e indefeso?
E Deus disse:
- Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você.
E a criança perguntou:
 -Aqui no céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?
Site da Imagem

Deus respondeu:
- Seu anjo cantará e sorrirá para você... A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.
- Como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?
E Deus afirmou:
 - Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar.
- E o que farei quando eu quiser Te falar?
- Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.
E a criança ainda perguntou a Deus:
 - Eu ouvi dizer que na Terra há homens maus. Quem me protegerá?
- Seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida.
- Mas eu serei sempre triste porque eu não Te verei mais - disse a criança.
- Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim, lhe ensinará a maneira de vir a Mim, e Eu estarei sempre dentro de você.
Nesse momento havia muita paz no céu, mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas pela criança. Ela, apressada, suplicou a Deus:
- Oh Deus, está chegando a hora de eu ir agora, diga-me por favor, o nome do meu anjo.
E Deus respondeu:
 - Você chamará seu anjo de MÃE!]


 Que história linda -pensei.
Uma solidão imensa e intensa tomou conta de mim.
Comecei a andar sem rumo.As lágrimas ardendo em meu rosto.
E um pensamento me assombrava :
Eu não tenho mãe...
Alface Menina

CONTINUA...........



segunda-feira, 30 de abril de 2012

no caminho certo

Enquanto discutiam o homem começou a arrumar suas coisas e a apagar o fogo.Parecia que ia partir. Em desespero, e não sei como,por milagre Suplicio meio que em desespero e afobado foi falar com o tal homem. Quando chegou frente a frente com o tal homem notou que ele apenas estava cansado, e que tinha olhos simpáticos. Ficou estático olhando pro homem sem saber o que falar.
O homem sorriu e disse para ele trazer os outros dois amigos, e que eles tinham sorte que ele não tinha apagado o fogo.

1 - "A Viagem de Chihiro", de Hayao Miyazaki -imagem

Passaram a noite juntos, o homem era muito enigmático dizia que não morava em lugar nenhum e ao mesmo tempo morava em todo lugar.Seu nome era Giganás, e disse-lhes que achava estranho que nunca tinham ouvido falar dele.;
- Vocês andaram hibernando, não conhecem as coisas do mundo? ¿ perguntava Giganás aos abobalhados três amigos.- Vejo que trazem umas de minhas pequenas Alfaces Especias.....
- Você ... sabe como faze-la voltar ao normal?perguntou Idelcio
Giganás presenteou-lhes com um enigmático sorriso e disse que eles já tinham a resposta para essa pergunta.Mas que estavam no caminho certo...

querer além



Você já sentiu vontade de gritar mais alto do que sua voz seria capaz? Já sentiu a ansia de correr além do que suas pernas permitiriam? Já desejou ser muito mais além de si e ter em si toda essa amplitude? Você já tentou entender o que se explica em tantas palavras de tantas culturas? Já tentou enfrentar o limite de sua liberdade?

posted by Fernanda Kan

domingo, 29 de abril de 2012

um homem

Egvaldo, Suplicio e Idelcio ficaram estáticos assistindo a transformação da menina em Alface, caiu sobre eles um silêncio onde só se ouvia a respiração assustada dos três.De repente os três começaram a falar juntos:
-E agora, o que aconteceu? ¿gritava Suplicio-O que vamos fazer??
-A culpa é sua Egvaldo- acusava Idelcio
-Como ela fez isso?- murmurava para si mesmo Egvaldo.
Ficaram umas duas horas discutindo quando de repente ouviram o uivo de um lobo, e os barulhos estranhos de uma floresta.Só então caíram em si que estavam longe de sua casinha,de sua fogueira e haviam esquecido de trazer consigo alguns mantimentos.


Estavam sozinhos e sem nada!
Egvaldo, sério falou que precisavam caminhar e achar alguém para ajudar a menina alface.
Suplicio e Idelcio entraram em pânico , dizendo que era melhor deixar a alface pra lá,e que estavam bem ali mesmo e que estava muito escuro para andar naquela hora.
Sem dizer mais nada Egvaldo pegou a Alface calmamente e começou a caminhar.
Apavorados os outros dois começaram a segui-lo. Caminharam e caminharam muito quando de repente Suplicio avistou uma fumaça no céu e foram naquela direção. Encontraram um homem sentado perto da fogueira com cara de poucos amigos.
- Não podemos pedir ajuda a esse homem!disse Suplicio.-Ele vai nos machucar!
- Deve haver outro jeito - murmurou o muito assustado Idelcio
- Sim,deve haver sim-respondeu Egvaldo.
[continua...]

sábado, 28 de abril de 2012

alface,não mais menina?

Imagem: Jornalista no Futuro
Esse tal palácio parecia não chegar nunca, já estavam caminhando a horas e começava a esfriar. Os três começaram a discutir sem chegar a nenhuma conclusão.A Menina Alface cansou de prestar atenção a discussão dos três, então começou a mergulhar em seus pensamentos, pensava em sua vida de alface e tudo o que tinha acontecido até agora. Anoiteceu, e os três começaram a ficar assustados e agitados,começaram a falar que a noite é perigosa e tal,e que não tinham como se defender. 
A Menina Alface já estava no limite de sua paciência e perguntou a eles: 
- Do que vocês tem medo afinal de contas?Já enfrentaram algum perigo na vida? 
Os três se assustaram com a explosão da menina e se amontoaram juntos num canto parecendo crianças assustadas.Nisso, uma coisa muito estranha começou a acontecer, a Menina Alface começou a se sentir sem ar,como se estivesse passando mal e percebeu que estava diminuindo de tamanho,foi aí que aconteceu: 

A Menina Alface voltou a se transformar em uma alface. 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sr. Urso

Imagem:Iplay

deixa fluir

A menina alface se aproximava do palácio. Os três pequenos seguiam com ela... nenhuma palavra era trocada entre eles.
Imagem: Sal da Terra
Ela estava perdida em seus pensamentos. Tinha mais lembranças do que esperanças. "A vida é água que flui. Não tente segurá-la ou terá que lamentar ver que sempre te escorre entre os dedos. Deixa a vida fluir". Se não menina levaria estas palavras ao pé da letra. Mas era menina, e não apenas alface. Ela sabia o real significado dessas palavras.
Não tinha esse conhecimento somente por ser menina, quantas meninas existiriam no mundo que nem ao menos se permitiram pensar a respeito...
Ela era menina alface. Transformada, por coragem e medo. Lembram de seu primeiro medo? Ser cortada, ser vendida, ser comida.
Ela quase explodiu na vontade de responder àquela voz tão doce que cantarolava, que cuidava de suas folhas e lhe fazia companhia. Mas nada aconteceu de fato.
Foi o medo que lhe deu as forças necessárias. Ela se tornou menina alface. Não havia, porém, lutado contra seu destino, contra o curso de sua vida. Se assim fosse não estaria, neste momento, a caminho do palácio. Ela havia lutado contra as represas que lhe haviam imposto. No momento que o medo fez soltar toda sua voz, a menina acordou ao som de seus próprios pensamentos.
Como menina alface, transformada, ela sabia que até o mais belo dos dizeres poderiam, aos ignorantes, soar como praga.
Ela continuaria: "Deixa a vida fluir. Quebra as barreiras.. e deixa a vida fluir.

[escrito por Alface-Mor Fernanda]

terça-feira, 24 de abril de 2012

voz

Percebi que comecei a sentir essa coisa estranha,essa ânsia,quando alguém parecia conversar comigo.Era uma voz que cantarolava uma musica dia após dia e falava enquanto regava as minhas folhas;como tinha sido seu dia, e as vezes parecia até querer nossa opinião.Eu comecei a ficar com vontade de responder aquela voz.Talvez a partir daí que as coisas começaram a acontecer...
ALFACE MENINA

segunda-feira, 23 de abril de 2012

cheshire

- Que caminho devo seguir? - perguntou Alice 

- Depende de onde queres chegar. - respondeu o gato 

- Não importa aonde eu chegue... 
- Ah, então não importa para onde vá. 
- ...contanto que chegue em algum lugar. - continuou Alice 
- Em algum lugar sempre chegará.
Lewis Carrol - Alice no País das Maravilhas


                                                                                                     [escrito por Alface-Mor Fernanda]


Site da Imagem

domingo, 22 de abril de 2012


Que criaturas estranhas são esses três. Parecem,estar mais perdidos do que eu ! Mas por mais estranhos que eles sejam,prefiro caminhar com eles do que sozinha.Não sei por que sinto que posso confiar neles.Esse nó que sinto,e o palpitar do meu coração se abrandaram um pouco ao estar na presença deles. 
 
Egvaldo,Suplicio e Idelcio parecem nunca se decidir por nada,sabem que podem fazer tudo,mas com suas eternas discussões não vão a lugar algum. Que estranho!As atitudes deles me são muito familiares.Olhei para os olhos de Egvaldo e vi uma imensa vontade de viver, toldada por uma angústia terrivel e encoberta por uma camada de falsa comodidade.Parecia estar me vendo ali.Lembro-me da minha vida na Terra, minha vida de Alface,como era tranquilo estar lá, recebendo água todos os dias,respirando o ar puro ,me alimentando da Terra,lembro que td aquilo me parecia muito normal ,mas no fundo me sentia PRESA,SEM LIBERDADE.Quando foi que comecei a sentir isso na minha vida alface? 
ALFACE MENINA 

sábado, 21 de abril de 2012

somos pequenos...

A noite caiu. O frio aconchegante fez com que a menina adormecesse. E logo nasceu um novo dia. 
Ao acordar, a menina alface viu os pequenos ainda discutindo e resolveu caminhar sozinha. 
- Não posso mais ficar aqui, preciso chegar a algum lugar. 
- Não quer esperar para ir conosco? Só precisamos decidir o que faremos hoje. - disse Egvaldo 
- Mas você disse o mesmo ontem e eu passei o dia inteiro esperando. Vocês não fizeram nada! 
- Não nos decidimos. 
- Não podemos nos separar, precisamos nos defender. - disse Suplinio 
- Defender do que? - perguntou a menina alface 
- De qualquer coisa, oras. Somos muito pequenos, não vê? 
- Venham comigo, então. Eu escolho desta vez. Assim, seremos quatro. E eu sou bem grande... 
Os três se olharam em duvida. 
- Para onde vamos? - perguntou Suplinio 
- Não sei. Não conheço este lugar. 
- Ela não sabe... - disse Suplinio olhando para Egvaldo - Não vamos a lugar algum! 
- Vamos atrás da menina! Não... melhor! Vamos em sua frente! Vamos correr da menina, vamos chegar primeiro! - gritou Idelcio inquieto 
- Não, calma! Não comecem a discutir. O que vocês conhecem deste lugar? 
- Sabemos que existe um palácio com um enorme jardim. - disse Egvaldo - Mas nunca fomos lá. 
- É muito longe. - completou Suplinio 


- Então sabem onde fica este palácio... 
- Fica depois daquela montanha. - disse Suplinio sendo interrompido pelos outros dois 
A menina viu um pequeno monte de terra que em nada parecia com uma montanha. Mas não quis dizer nada. Segui na direção que eles haviam indicado. Todos os três vieram atrás. Também não disseram uma palavra. Só seguiram a menina, sem ao menos olharem uns pros outros. 
[escrito por Alface-Mor Fernanda]

sexta-feira, 20 de abril de 2012

os três pequenos

Olhou ao redor e longe avistou movimento. "Finalmente alguem!" 
Caminhou apressadamente. A medida que caminhava via formas mais nítidas. Uma, duas, três figuras ainda não muito familiares estavam reunidas numa clareira. 
A menina esqueceu no momento que seria estranha a eles, esqueceu de qualquer outra coisa. Chegou rapidamente como se pedisse socorro. E as três pequenas criaturas nem notaram a menina se aproximar. Discutiam entre eles, cada um com a sua razão. 
A menina acenava e a medida que se colocava frente a um ou outro. 
- Olá! Não estão me vendo aqui? 
- Estamos ocupados, volte depois. - respondeu um deles 
- Não posso voltar depois. Nem sei onde estou. O que vocês estão discutindo? Talvez eu possa ajudar. - Estamos resolvendo o que devemos fazer hoje. - disse o que parecia estar mais calmo - Meu nome é Egvaldo, estes são Suplinio e Idelcio. - continuou, apontando aos outros que discutiam como se falassem para si mesmos 
- O que vocês podem fazer? - perguntou a menina alface 
- Qualquer coisa que quisermos. 
- E por que não fazem? 
- Porque temos que fazer juntos, temos que chegar a uma conclusão. - disse Egvaldo, sendo cortado pelos outros dois que traziam suas ideias 
A menina não conseguiu mais interromper a conversa e, preferindo estar em companhia, sentou-se ali esperando que o grupo se resolvesse.  

[escrito por Alface-Mor Fernanda]










Imagem:jogospuzzle

quinta-feira, 19 de abril de 2012

escolhas e morte

[escrito por Alface-Mor Fernanda]
Pensar na morte também era uma coisa nova para a menina alface. 
Ganhou a vida como todos nós conhecemos, a vida de escolhas. E com ela ganhou uma certeza que antes desconhecia: a certeza da morte. 
O que mais assusta a todos seres humanos em relaçao à morte é o fato dela poder vir quando bem entende, dela poder chegar hora ou outra e arrancar quem amamos, ou a nós mesmos com todos os sonhos pelos quais lutamos, com todas as conquistas que celebramos, com tudo que era tão somente nosso. 
A menina alface era nova nisso tudo. E por um momento ela pensou que tinha pressa. É claro, como poderia, assim, de uma hora pra outra, largar tudo isso que era novo. Não. Ela queria chegar antes. Ela, por um momento, pensou que tinha pressa. 
Ela estava ainda em terra desconhecida. Ela tinha uma bela bagagem, levando em conta seu pequeno percurso. Mas ainda estava um tanto perdida quanto ao que estava fazendo ali naquele lugar. Para onde iria no proximo segundo? "Chegar em algum lugar... Preciso chegar em ALGUM lugar."


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